Reabilitações com implantes utilizando a técnica All-on-4
A técnica conhecida como All-on-4 preconiza a utilização de apenas quatro implantes que serão instalados na parte anterior das maxilas. Eles servirão de base para próteses totais fixas aparafusadas.
Primeiramente, é importante reforçar que existem várias maneiras de resolver casos com reabilitações totais utilizando implantes dentários. Em maxilas atróficas, por exemplo, uma das opções que o cirurgião-dentista pode lançar mão é a cirurgia conhecida como All-on-4. Que nada mais é do que uma prótese total aparafusada sobre quatro implantes posicionados de maneira estratégica. Dessa forma, a área de sustentação é aumentada sem recorrer a cirurgias prévias de enxerto ósseo.
Nós sabemos que muitas vezes a falta de espessura e altura óssea nos limitam bastante na hora de reabilitar com implantes dentários. No melhor dos mundos, encontraríamos pacientes com maxilas robustas que poderiam receber seis implantes para suportar uma prótese aparafusada. Mas, com a perda dentária precoce dos molares, sofremos com pouca oferta de osso em regiões posteriores das maxilas. Todavia, se houver osso disponível, é sempre melhor utilizar mais do que quatro implantes, evitar grandes espaços entre eles e cantilevers extensos.
As vantagens dessa técnica
A técnica conhecida como All-on-4 preconiza a utilização de apenas quatro implantes que serão instalados na parte anterior das maxilas. Eles servirão de base para próteses totais fixas aparafusadas. Na mandíbula, os quatro implantes ficam entre os forames mentonianos e na maxila não ultrapassam os seios maxilares.
Mas afinal, qual é o grande diferencial?
A maior particularidade da técnica All-on-4 é a instalação de quatro implantes, sendo dois deles paralelos na região anterior (região de incisivos centrais, laterais ou caninos de acordo com a oferta óssea) e os dois mais distais de maneira inclinada (cerca de 45°).
Essa técnica foi utilizada pela primeira vez há mais de 20 anos pelo Dr. Paulo Maló, um conceituado dentista português, e desde então tem sido estudada e replicada por grandes profissionais.
Apesar de trabalharmos com um menor número de implantes, os cuidados devem ser redobrados na hora da cirurgia. Em alguns casos é possível realizar a cirurgia totalmente guiada e até “flapless” (sem incisões e retalhos), com confecção de guias multifuncionais. Estas, que vão definir o posicionamento dos implantes. Além disso, o cirurgião dentista também vai optar por implantes de maior comprimento para aumentar a interface osso e implante e buscar o travamento inicial esperado de 30 a 45N nos quatro implantes.
Outra vantagem, é a entrega das próteses fixas provisórias ou até mesmo definitivas, com carga imediata no próprio dia do procedimento. Isso acontece se houver o travamento e a estabilidade inicial esperada com os implantes.